Artigo do Porta-voz da Embaixada da China sobre a Questão das Ilhas Diaoyu, Publicado no Diário de Notícias, edição dia 26 de Outubro
2012-10-26 17:05
 

A Verdadeira História sobre as Ilhas Diaoyu 

       O artigo do Conselheiro Japonês no DN edição dia 23 de Outubro nos obrigou a esclarecer o seguinte:

       (1) As Ilhas Diaoyu são território inerente da China desde tempos antigos. Estas ilhas, geograficamente afiliadas à Ilha de Taiwan da China, foram primeiro descobertas, denominadas e exploradas pelos chineses ainda no século 14, e desde então incluidas no território chinês. Mapas desenhados pelos países ocidentais, como a Grã-Bretanha, França, Estados Unidos ao longo do século 19 reconheciam a soberania chinesa sobre estas ilhas. Por isso a teoria de "terra nullius" utilizada pelo Governo Japonês é uma versão unilateral, que não tem fundamento jurídico nem é reconhecida pela comunidade internacional. Até os Estados Unidos, que, apesar dos constantes protestos da China, transferiram ilegalmente o chamado "Direito de Administração" destas Ilhas para o Japão em 1971, recusam-se a apoiar esta posição japonesa.

       (2) O fato de existir uma disputa territorial sempre exige uma solução negociada. O consenso chegado entre a China e o Japão durante o processo da normalização das relações bilaterais nos anos 70, de deixar a questão para ser resolvida no futuro, conseguiu manter a situação relativamente pacífica durante quatro décadas. Mas os últimos acontecimentos no Japão, nomeadamente a chamada "nacionalização" destas ilhas, ignorando sucessivos protestos e alertas do Governo Chinês, quebrou o Status Quo e obrigou a China a adotar todas as medidas legítimas para defender a sua soberania e integridade territorial. Foi a China a parte provocada e agora cabe ao Governo Japonês corrigir o erro e voltar ao caminho de solução negociada.

       (3) O povo tem direito de manifestar sua indignação e sentimento pacificamente mas também tem obrigação de respeitar os limites. Quem cometam crimes nas manifestações serão detidos, processados e punidos conforme as leis, que na China não é nada diferente dos outros países. A China continua a ser um país seguro aos estrangeiros e o Governo Chinês continua a proteger a segurança de todas as representações diplomáticas, entidades e indivíduos estrangeiros na China. Ao mesmo tempo, é preciso o Governo Japonês parar com as palavras e atos de provocação ao sentimento do povo chinês e refletir na sua própria atitude perante a história e as questões territoriais, entrave real nas suas relações com vários países vizinhos.

       É melhor deixar os fatos falarem por si. A imprensa e os nossos leitores têm seus próprios juízos.