O Jornal PÚBLICO Publicou o Artigo Intitulado “Dar a conhecer uma Xinjiang real”
2022-10-10 00:00

O Jornal PÚBLICO publicou em 1 de Outubro o artigo intitulado “Dar a conhecer uma Xinjiang real” do Sr. Zhao Bentang, Embaixador da China em Portugal. Segue-se o artigo em íntegra:

Desde há algum tempo, certas forças anti-China não param de fabricar informações falsas sobre a questão relativa a Xinjiang, e fazem difamações e ataques sem limites contra a China. Em desrespeito pelos factos, inventam e espalham desenfreadamente rumores sensacionais sobre Xinjiang, alegando o chamado “genocídio”, “trabalho forçado”, “campo de concentração”, etc. O objectivo é utilizar a questão relativa a Xinjiang para intervir nos assuntos internos da China, e desestabilizar Xinjiang para conter a China. Dito isto, gostava de apresentar uma Xinjiang real aos leitores portugueses.

Mais de 25 milhões de pessoas de 56 grupos étnicos vivem em Xinjiang, dos quais as populações uigur, han, cazaque e hui ultrapassam 1 milhão. Todas as etnias vivem em harmonia e solidariedade, abraçando-se como as sementes de uma romã. De 2010 a 2020, população de minorias étnicas em Xinjiang cresceu de 13,06 milhões para 14,93 milhões, e a população uigur aumentou 16,23%, de 10 milhões para 11,62 milhões. Nos últimos 60 anos, a expectativa média de vida em Xinjiang aumentou de 30 para 72 anos.

Nos mais de 40 anos desde que a China iniciou a Reforma e Abertura em 1978, o crescimento anual da renda disponível per capita de Xinjiang ficou acima de 12% em média, e mais de 3 milhões de pessoas rurais foram retiradas da pobreza. Em 2021, o PIB de Xinjiang atingiu US$ 250,88 mil milhões, um aumento de 7% em relação ao ano anterior. A região conta com uma cobertura total de auto-estrada e a quilometragem das ferrovias de alta velocidade continua a aumentar. Agora há 22 aeroportos de transporte civil, tornando Xinjiang na província com o maior número de aeroportos civis da China. Urumqi e outras cidades em Xinjiang, com arranha-céus modernos e tráfego lotado, fazem admirar os visitantes de todo o mundo.

Há um ditado em Xinjiang que diz: “Naan ganho com o trabalho é particularmente delicioso”, o que significa que as pessoas acreditam poder trabalhar para criar uma vida melhor. Em Xinjiang, independentemente de sua etnia, localização, género, idioma ou crença religiosa, os trabalhadores escolhem profissão com base na sua própria vontade e assinam contratos de trabalho com o espírito de igualdade e voluntarismo. Os seus direitos e interesses trabalhistas são totalmente protegidos e todos desfrutam dos benefícios criados pelo seu trabalho. Xinjiang é a maior base de produção de algodão comercial na China, onde a colheita de algodão é um trabalho bem remunerado e, consequentemente, altamente procurado. Nos últimos anos, com o rápido desenvolvimento da ciência e tecnologia, a colheita de algodão em Xinjiang entrou na era de Internet+, os agricultores podem realizar a colheita mecanizada à distância, sem sair da casa, só através de um app no telemóvel. Agora no norte de Xinjiang, a mecanização do setor algodoeiro aproxima-se de mais de 95%.  E a colheita mecanizada já está aplicada em quase 70% dos campos de algodão em toda a região.

Como uma região outrora envolta na sombra do terrorismo, Xinjiang fez conquistas notáveis no combate ao terrorismo e restaurou a paz e a tranquilidade na sociedade. De 1990 a 2016, os separatistas, extremistas e terroristas realizaram milhares de ataques violentos e terroristas na região, causando enormes baixas e perdas. Para erradicar a ameaça do terrorismo e o seu terreno de crescimento, e para proteger a vida e a segurança das pessoas de todos os grupos étnicos em Xinjiang, o governo não apenas combateu a violência e o terrorismo conforme a lei, mas também procurou resolver as causas. Aprendendo com as boas práticas de outros países e com base nas leis, Xinjiang criou centros de educação e formação vocacional, que são tipo escolar, e cujo objetivo é promover a desradicalização. As medidas provaram-se eficazes e produtivas. Xinjiang registou zero casos de violência ou terrorismo por mais de cinco anos consecutivos, e experimentou uma melhoria evidente na segurança social, que trouxe de volta a paz e a tranquilidade à vida das pessoas.Perante os dados e factos, não há espaço para as falsas acusações sobre o chamado genocídio, trabalho forçado e centro de concentração em Xinjiang feitas por uma minoria de forças anti-China, pelo que são nada mais do que uma absurdidade. Os separatistas, terroristas e forças anti-China conluiam-se para compor uma cadeia de mentiras em relação a Xinjiang, através de contratar as chamadas instituições académicas, alegados especialistas até atores, tendo induzido em erro a opinião pública internacional sobre Xinjiang.

Numa entrevista em 2005, Sibel Edmonds, uma ex-tradutora de FBI falou sobre o plano dos EUA para desestabilizar Xinjiang. Disse ela: “Xinjiang é uma artéria de entrada de energia. Queremos gradualmente, jogar a carta do género e a carta da raça internamente, bem, por dizer que a minoria ali está sem terra, que eles estão a ser oprimidos, e os chineses matam e torturam-nos. Você verá elementos semelhantes aos que vimos, digamos, com Afganistão, Ucrânia e Iraque. Com o que fizemos para criar o caso, Xinjiang será a próxima Taiwan, ok?” Em 2018, Lawrence Wilkerson, ex-coronel do Exército dos EUA e antigo chefe de gabinete do então Secretário de Estado Colin Powell disse sem disfarces no Instituto Ron Paul que "a terceira razão pela qual estávamos lá (no Afeganistão) é porque existem 20 milhões de uigures (em Xinjiang). A CIA gostaria de desestabilizar a China e essa seria a melhor maneira de fazê-lo, fomentar a agitação e se juntar aos uigures para empurrar os chineses han em Pequim por meios internos e não externos".

A verdade vencerá manchas, e a população mundial jamais ficará mistificada. Xinjiang é uma terra fantástica com porta aberta. Nos últimos anos, mais de 2000 especialistas, intelectuais, jornalistas, diplomatas e personalidades religiosas de mais de 100 países visitaram Xinjiang, onde testemunharam a estabilidade social, desenvolvimento económico e a vida feliz do povo, entre outras realidades na região. No Conselho dos Direitos Humanos da ONU, cerca de 100 países apoiaram por unanimidade a política do governo chinês em relação a Xinjiang, e opuseram-se à intervenção dos assuntos internos da China com o pretexto dos direitos humanos. E ainda, de entre os poucos países que seguiram os EUA para atacar a China na questão relativa a Xinjiang, não há nenhum país islamico. Na comunidade internacional, cada vez mais possoas criteriosas vieram a dar uma voz racional e objectiva na questão relativa a Xinjiang. Como diz um provérbio, ver para crer. Damos boas-vindas a amigos portugueses para visitar Xinjiang quando lhes convier, enquanto podem dar uma olhada e passeio pessoal no local e ter conversas com as pessoas de diversos grupos étnicos. Creio que verão uma bela Xinjiang real e repleta de vitalidade.