O Diário de Notícias publicou em 25 de março o artigo intitulado “Um Olhar para a Nova Jornada da China através das ‘Duas Sessões’ ”do Sr. Zhao Bentang, Embaixador da China em Portugal. Segue-se o artigo em íntegra:

Há dias, as "Duas sessões" da China: a 1ª sessão da 14.ª Assembleia Popular Nacional (APN) e 1.ª sessão do 14.º Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, foram realizadas bem-sucedidamente. Nas "Duas sessões", definiram-se objetivos, requisitos e prioridades do desenvolvimento económico e social da China. Como as primeiras "Duas sessões" nacionais realizadas após o 20.º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, uma série de disposições estratégicas formuladas no Congresso serão transformadas em vontade nacional e ação conjuntas do povo por meio destas sessões.

As "Duas sessões" deste ano proporciona-nos uma compreensão panorâmica para observar a nova jornada da China. Gostaria de usar as três palavras-chave "a voz do povo, desenvolvimento da China e paz mundial" para apresentar as duas sessões do ano corrente aos amigos portugueses.

 A voz do povo chinês foi amplamente ouvida. Neste ano, 2977 deputados da Assembleia Popular Nacional de todos os setores e de todas as regiões do país, e 2169 membros da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês de 34 setores profissionais, reuniram opiniões públicas e apresentaram mais de 10 mil sugestões e propostas a nível superior estatal durante as Duas sessões. Ao mesmo tempo, o Conselho de Estado e os ministros responderam às preocupações, dando esclarecimentos através de apresentação do Relatório de Trabalho do Governo e receberam entrevistas dos jornalistas. A democracia popular é refletida nas eleições, consulta democrática, tomada de decisões, administração e fiscalização, fazendo com que a voz do povo seja ouvida em todos os elos da vida política e social do país.

O rumo de futuro desenvolvimento da China é clarificado. Mesmo que a perspectiva da economia mundial ainda permaneça complexa e haja bastante instabilidade, incerteza e imprevisibilidade, os sinais e vozes saídos das Duas sessões da China foram claros e firmes. A China vai inabalavelmente aprofundar a reforma e abertura, tornar o blue-print desenhado do congresso para plano de acção, e tornar ideias em realidades. A China vai acelerar a construção do novo paradigma de desenvolvimento, e vai implementar uma série de medidas, tais como aumentar a capacidade de inovação tecnológica, construir um sistema moderno industrial, tornar o modelo de desenvolvimento ainda mais verde e sustentável, para promover o desenvolvimento de alta qualidade e maior abertura ao exterior de alto nível. A China não só vai desenvolver-se baseado no mercado global, como também vai promover o desenvolvimento comum de todos os países, injetando mais vigor para a economia mundial.

Os valores de desenvolvimento pacífico foram reiterados na diplomacia chinesa. O Presidente chinês, senhor Xi Jinping, manifestou nas Duas sessões, que a China vai erguer no alto a bandeira da paz, desenvolvimento, cooperação e benefícios compartilhados, injetando mais estabilidade e energia positiva para o desenvolvimento pacífico do mundo. O novo ministro das relações exteriores chinês, senhor Qin Gang, também disse que a China vai persistir na política diplomática independente da paz, e vai continuar a implementar a estratégia de abertura. A China vai ser o construtor de paz mundial, o contribuidor de desenvolvimento mundial e o defensor de ordem internacional. Ultimamente, o Irão e Arábia Saudita restabeleceram relações diplomáticas, este é o exemplo dos compromissos da diplomacia chinesa.

Hoje em dia, o mundo está a atravessar mudanças nunca vistas em cem anos, e essa situação requer acções positivas de todos os países. China e Portugal, como parceiros estratégicos globais, compreendemos, confiamos e respeitamos um ao outro desde o estabelecimento das relações diplomáticas em 1979. Sempre nos ajudámos mutuamente e avançamos de mãos dadas. A nossa cooperação é de benefícios mútuos e a nossa amizade resiste a mudanças na conjuntura internacional. A China está disposta a trabalhar com Portugal e outros países amantes de paz, para promover diálogo, convergência em vez de divergência, promover cooperação e eliminar sementes de conflitos e enfrentar desafios de segurança complexos e interligados com o espírito de união e a mentalidade de ganhos compartilhados, para criar um ambiente justo, uma conjuntura de segurança de construção e benefícios compartilhados, promovendo a construção constante de comunidade com futuro compartilhado para a humanidade.