O Negócios Publicou o Artigo Intitulado "Se o mundo é bom, a China pode ser boa; se a China for boa, o mundo será melhor" do Sr. Zhao Bentang, Embaixador da China em Portugal
2021-12-30 00:00

O Negócios publicou em 27 de dezembro o artigo intitulado "Se o mundo é bom, a China pode ser boa; se a China for boa, o mundo será melhor" do Sr. Zhao Bentang, Embaixador da China em Portugal. Segue-se o artigo em íntegra:


Passaram-se 20 anos, desde a adesão formal da China à Organização Mundial do Comércio (OMC), nomeadamente no dia 11 de dezembro de 2001.

Desde a adesão à OMC, há 20 anos, a China tem cumprido plenamente os seus compromissos, tendo reduzido significativamente as tarifas de importação e as barreiras não tarifárias. O nível geral da tarifa de importação sofreu uma queda acentuada de 15,3% em 2001 para uma taxa inferior a 7,5%, abaixo do compromisso de adesão de 9,8%, e é inferior ao nível médio dos países membros em desenvolvimento e próximo ao nível dos países membros desenvolvidos.

Desde a adesão à OMC, há 20 anos, a China tem ajustado ativamente as suas leis e regulamentos a padrões mais elevados e às regras do comércio multilateral, melhorou continuamente o ambiente de negócios, reduziu sucessivamente a lista negativa de acesso ao investimento estrangeiro, reforçou a proteção à propriedade intelectual e na área de serviços foram abertos quase 120 subsetores com 9 categorias, excedendo os 100 subsetores prometidos aquando da sua adesão, e o nível de abertura ao mundo foi melhorado significativamente.  

A adesão da China à OMC é um marco no processo de abertura da China ao mundo e na globalização da economia mundial. Citando o presidente Xi Jinping, a adesão da China à OMC “impulsionou a maré alta de desenvolvimento da China e motivou também a nascente da economia mundial”. Não há dúvidas, que a adesão à OMC é um resultado win-win não só para a China, mas também, para o mundo. Ao mesmo tempo acelerou a abertura e o desenvolvimento da China, permitiu também a abertura do seu mercado ao mundo e injetou um novo ímpeto na economia mundial. Nesse sentido, a China beneficiou com a abertura e a abertura da China beneficiou o mundo.

Desde a adesão à OMC, há 20 anos, o comércio de bens da China cresceu rapidamente, passando do 6º lugar para o maior país do mundo, enquanto o comércio de serviços subiu da 11ª posição para a 2ª posição mundial. No que respeita, ao uso real de capital estrangeiro atingiu repetidamente novos recordes, ficando, constantemente, em primeiro lugar entre os países em desenvolvimento. O investimento no estrangeiro direto subiu do 26º lugar para o primeiro lugar do mundo. Quanto ao PIB, cresceu de 11,1 trilhões de yuans em 2001 para 101,6 trilhões de yuans em 2020, por isso, a economia da China passou da 6ª maior para a 2ª maior economia do mundo. Em termos de proporção na economia global aumentou de 4% para 17,4%, estando a taxa de contribuição média anual para o crescimento económico mundial perto dos 30%, tornando-se um verdadeiro motor do crescimento económico mundial.

  

Desde a adesão à OMC, há 20 anos, a China não apenas permitiu que os consumidores globais se beneficiassem dos produtos chineses, mas também do vasto mercado da China, oferecendo enormes oportunidades de desenvolvimento económico, entregando dividendos para todos os países do mundo. A China tornou-se o maior parceiro comercial do mundo em mais de 120 países e regiões, sendo o segundo maior importador de bens e serviços do mundo. O valor total de importação aumentou de US $ 244 bilhões em 2001, para US $ 2,06 trilhões em 2020. A fim de comprar de todo o mundo e beneficiar o mundo todo, a China realizou 4 edições seguidas da China International Import Expo partilhando ativamente o grande mercado chinês e as oportunidades de desenvolvimento com o mundo. Com o intuito de ajudar o desenvolvimento dos países menos desenvolvidos, a China prometeu implementar o tratamento de tarifa zero para 97% das exportações dos países menos desenvolvidos, tornando a China o principal destino desses países a partir de 2008 com absorção de  um ¼ das exportações desses países.  


Desde a adesão à OMC, há 20 anos, a China reviu a lista negativa de acesso ao investimento estrangeiro quatro vezes consecutivas, reduzindo o número de itens de 93 para 33, concedendo um tratamento nacional ao investimento estrangeiro fora da lista negativa na China. No dia 1 de janeiro de 2020, entrou em vigor a nova lei do investimento estrangeiro na China, permitindo a eliminação de 408 regulamentos e documentos que não eram coerentes com a nova lei, passando haver menos restrições ao investimento estrangeiro. De acordo com os dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), as restrições da China ao investimento estrangeiro diminuíram rapidamente desde 2013, sendo uma das maiores quedas entre as principais economias. Apesar de se verificar uma queda continua no investimento estrangeiro entre 2017 e 2020 no contexto mundial, a China ocupou o 2º lugar de atração de investimento estrangeiro por 4 anos seguidos e a absorção de investimento estrangeiro aumentou de 6,7% em 2015 para 15% em 2020.

Neste período de contexto pandémico e de contínua queda do investimento estrangeiro, o resultado apurado  demonstra que o mercado chinês está cada vez mais aberto e o ambiente de negócio está cada vez melhor.


Desde a adesão à OMC, há 20 anos, o investimento estrangeiro da China no exterior também cresceu rapidamente e continuamente.  A partir de 2012, durante 8 anos seguidos, a China tem estado entre os três primeiros lugares nos fluxos globais de investimento estrangeiro direto. Após a apresentação da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” em 2013, a China investiu US $ 136 bilhões ao longo da Rota da Seda. Este investimento tem contribuído positivamente para o desenvolvimento económico dos países anfitriões, nomeadamente, no melhoramento e modernização da estrutura industrial, na criação de emprego, no melhoramento das condições de vida das pessoas e na criação receitas fiscais, fornecendo, ao mesmo tempo, um apoio importante para o crescimento económico do mundo. 

Nos últimos 20 anos, desde a adesão da China à OMC, o desenvolvimento simultâneo da China com o mundo confirma o que o presidente Xi Jinping disse: "Se o mundo é bom, a China pode ser boa; se a China for boa, o mundo será melhor”.

Hoje em dia, a economia mundial está profundamente integrada e os interesses de todos os países estão mais próximos. O 20º aniversário da adesão da China à OMC marca um novo ponto de partida, onde a China continuará a expandir a sua abertura ao mundo, a criar um ambiente de negócio ondes as empresas nacionais e estrangeiras sejam tratadas com igualdade, concorrência leal e partilha das oportunidades da China com outros países, bem como, manter firmemente o sistema de comércio multilateral e promover de forma construtiva a reforma da Organização Mundial do Comércio para  a direção certa, continuando a aprofundar a cooperação económica e comercial regional e bilateral, assim como, a promover uma cooperação internacional aberta , contribuindo com a sabedoria e a força chinesa para tornar o mundo ainda melhor.